segunda-feira, 10 de março de 2014

Dia 4 de Fevereiro 2014: Viagem à Nazaré e Alcobaça

















A propósito desta viagem uma das nossas alunas deixou-nos o seguite texto:


Ida à Nazaré e a Alcobaça pela Universidade Sénior dia 4 de Fevereiro de 2014


Chegara o dia!... A chuva estava presente.

Nos autocarros repletos, a boa disposição

O fervilhar de um dia eu seria diferente

Em ambiente saudável e de perene emoção!...

Mais adiante…

As nuvens esfumaram-se e o sol raiou

O tempo, esse tempo teima em não parar

Afrontou-nos e largou-se a chorar

E nesse longo dia, não mais brilhou!...



Nazaré à vista!... E a onda gigante?

Essa, já McNamara a levou

Conserva-a no peito, qual diamante

Que a natureza só a ele, legou!...



Lá no alto, no Sítio, avistou-se o mar

Revolto, envolto em ondas alterosas

Pacíficos estávamos, no conformado olhar

Descendo à marginal eis que ansiosos

Nos esperava o lauto almoço, a fumegar

Iria aquecer e esquecer as pingas graciosas

Que sem dó não paravam de nos afrontar!...



Rumámos a Alcobaça! Lá estava o Mosteiro

Soberbo, de pedras alvas levantadas

Um espaço imenso, onde a história foi feita

De monges, de reis e de avassalados

Mãos de artistas, de punho cravado

Marcaram na obra um cunho redobrado

As grandes salas e claustros despidos

Entranham o ecoar de passos seguidos

Numa atmosfera ancestral e de serenidade

Que o mosteiro oferece à humanidade!...


(Celeste Dias)



Outro aluno desta universidade escreveu-nos também o seguinte texto:



ESTÓRIAS POR DETRÁS DA HISTÓRIA DE ALCOBAÇA E DO SEU MOSTEIRO COM BREVE PASSAGEM PELA NAZARÉ
m. loja

Não obstante alguns escritos, Alcobaça foi povoada ainda antes do nascimento da nacionalidade.

         Por pesquisas e consultas, o autor concluiu que, muito antes de D. Afonso Henriques, do Rei Mouro de Sevilha e do Cavaco em Belém, já um pequeno lugarejo ali florescia, dedicando-se à apanha do tomate, ao cultivo dos rabos de bacalhau e à criação de gado bovino, este especialmente destinado à produção de leite pasteurizado, picanha à Brasileira e posta mirandeza.        

         O seu nome, foi através dos séculos, sofrendo alguns acrescentos, mas nos escritos encontrados numa pedra lascada, num pergaminho ou num papiro, conclui-se que nos alvores do 1º milénio e pela influência mourisca da época, um antepassado do Pinto da Costa, à data alcaide do lugarejo, que tinha por concubina uma vaca de traseiro famoso, resolveu, em sua  honra, (da vaca) baptizar o lugarejo com o nome de Al cu Baca e efectivamente depois de consultado o manual das boas maneiras,  O Mestre Cozinheiro e As Vinte Mil léguas Submarinas, concluímos que estava certo, pois que Al quer dizer  O em árabe e o resto é fácil; O cu da Vaca, que era efectivamente o grande amor do aldeão de que falámos, Com o passar dos tempos começaram a dizer Alcobaça, desculpando-se com os uns ribeirecos que ainda lá existem; o Alcoa e o Baça.

Na época o lugarejo tinha um habitante, duas cabanas e um hotel de cinco estrelas a que mais tarde apelidaram de castelo, frequentado por arruaceiros e outra gente de má fama, ex. Zéze Camarinha e os toleirões do Desafio Final.

Com o passar dos tempos, e com o advento das novas tecnologias, estabeleceram-se na zona uns técnicos de Designer e Artes Decorativas provenientes da Universidade de Salamanca e que nos arredores ensinaram a trabalhar a cerâmica, o que acabou por promover o desenvolvimento de toda aquela zona, no que se destaca a criação dos ainda famosos artefactos das Caldas, inventados por um tipo chamado Bordalo.

Senhores de terras de bom cultivo, foram os seus habitantes explorando todas as potencialidades, promovendo diversas universidades de verão e mesas redondas de empresários com o objectivo de escoar os seus produtos. Fizeram campanhas de marketing muito agressivas, promovendo seminários com palestras do Paulo Portas e cunhas ao Pires de Lima, tudo no intuito de conquistar mercados emergentes como o Uganda, Eritreia e Sudão do Sul.

 Começaram por produzir em tosco a Pera Calhau, foram evoluindo e graças às tecnologias da época, conseguiram transformá-la naquilo a que ainda hoje chamamos Pera Rocha conhecida e apreciada por esse mundo fora. Também e ainda hoje são famosas as suas laranjas especialmente por serem constantemente vistas à mesa da Câmara Municipal. Igualmente são conhecidas outras especialidades gastronómicas como; frango na púcara, e na filha da púcara, ginja com elas e sem elas (as púcaras), trouxas de ovos e sem ovos e ainda o famoso pão de Ló de Alfeizerão, cuja receita foi roubada ao Sr. Vasconcelos de Figueiró, pelos espiões do Padre Melícias, à época Prior da Abadia de Alcobaça. 

Já na época Visigótica, e segundo pesquisas feitas por especialistas da época, os habitantes de Alcobaça, depois de consultarem o Padre Zé Gomes, resolveram aventurar-se por mares fora. Para isso conquistaram a famosa baía de S. Martinho do Porto que estava na posse de piratas da Somália, mandaram construir pirogas nos estaleiros de Viana do Castelo e convidaram o comandante Francesco Schettino para comandar a frota, no intuito de descobrir o caminho marítimo para as Berlengas, o que Infelizmente não conseguiu, pois à saída do porto marrou com a barcaça, (Costa Concórdia) numa pedra de amolar e, ficou mesmo amolado.

Mas Alcobaça começou realmente a emergir com a construção da sua abadia ou mosteiro. A propósito das razões da sua construção, diz-se que um dia o nosso Rei D. Afonso, depois de uma noite de copos e ganzas numa discoteca da Figueira, já meio pedrado, veio com os seus homens pernoitar a Alcobaça e como as gajas o tinham deixado teso, decidiu assaltar uns quantos mouros ricos em Santarém por forma a arranjar algum. No dia seguinte, ele e o seu exército, dirigiram-se à estação de Valado de Frades, para apanhar o TGV mas havia a greve da CP. Alugaram então 28 carroças, 145 skates 12 mulas e um autocarro da Rodoviária tendo chegado a Santarém ao sol posto. Armados até aos dentes, levavam uma metralhadora M 40, um morteiro pirotécnico, dezasseis fisgas, 12 canivetes suiços, 34 mocas de Rio Maior e 125 corta-unhas destinados à Infantaria. Tiveram sorte, porque não estava lá o Salgueiro Maia, pois tinha saído de madrugada para fazer o 25 de Abril em Lisboa. Entraram pelas Portas do Sol e a única resistência que encontraram foi uma manifestação da CGTP. Tomaram a fortaleza, aprisionaram o Ayatolla dominaram o inimigo e à vontade saquearam a cidade, sendo que, por volta do meio dia, já sujos e esfomeados rumaram a Almeirim para comer uma sopa da Pedra. Como a coisa correu bem e os mouros deram à sola ele, muito agradecido a Deus, resolveu então mandar construir o mosteiro que, segundo pesquisas do Prof. Jorge Machado, teria começado por volta de 1150, com financiamento da União Europeia a fundo perdido.

O plano do mosteiro, era muito completo para a época; tinha SPA, Banhos turcos, várias salas de massagens com profissionais formadas e especializadas no Centro de Novas Oportunidades do Poço Negro, além de algumas latrinas privativas dispersas pelos arredores, destinadas a homens, mulheres e indefinidos. Eram dadas festas pela noite dentro com conjuntos de sanfonas e concertinas do Mestre Fausto Fernandes e saraus de canto pelo Coro da Univ. Sénior. Em noites mais festivas seriam organizados grandes banquetes com o chef Luis Prior na preparação gourmet e o Antunes do Panorama, aprumado chefe de sala na recepção aos ilustres convivas.

             Consta dos apontamentos do Engº Miguel Portela, que na planta original já constavam vários pisos com escadas rolantes e elevadores panorâmicos. Este plano inicial viria a ser posto de lado, uma vez que o País se começou a debater com problemas financeiros, até que um tal Teixeira, à data ministro da fazenda, se viu forçado a pedir dinheiro a benfeitores, o que implicou a vinda da Troika a Alcobaça e zonas adjacentes para esmifrarem o pessoal, que logo a seguir pediu ajuda ao senhor dos Passos, mas continuou tudo na mesma ou pior. Por esse facto o mosteiro demorou cerca de um século a construir, o que mais tarde iria acontecer também com o túnel do Marão. 

Hoje Alcobaça é uma cidade bulicosa, perto do mar e da serra, continua a ter muitas laranjas e laranjinhas, lá tem o famoso Mosteiro onde pernoitam há séculos sem pagar um gajo chamado Pedro Crú e uma Inês bem cozinhada, recebe milhares de visitantes por ano e até se consta que recebeu a visita ilustre da Univ. Sénior de Figueiró dos Tintos.

         Ao falar-se de Alcobaça, não pode deixar de se falar em Nazaré, pois esta já teria em tempos feito parte de Alcobaça, tanto que, ainda hoje o concelho da Nazaré está completamente abraçado pelo concelho de Alcobaça; Esta é pois uma das razões por que é uma terra de pescadores. Estes, para saírem da Nazaré, só se for por mar, caso contrário terão de passar sempre no concelho de Alcobaça. É no entanto uma vila bonita, com algumas coisas dignas de assinalar tais como as suas varinas e traineiras. Tem além disso o Sítio, miradouro natural, onde por vezes, munidos de potentes binóculos, se vão vendo alguns espreitas. No sítio da Nazaré, encontram-se pelo menos 2 velhas capelas e o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré.
 Contam-se várias histórias da Senhora de Nazaré, mas a mais conhecida é a de D. Fuas Roupinho, alcaide do castelo de Porto de Mós, que gostava muito de surfar no canhão da Nazaré. Numa manhã de Nevoeiro, andando ele na prancha procurando talvez D. Sebastião, apareceu-lhe uma sereia, que ele perseguiu montado numa onda de 43,5 m. Já perto da costa, reparou então que não era uma sereia, era um submarino do Portas. Desanimado meteu-se no elevador e foi rezar na famosa capelinha e fazer a sesta da tarde. Ao acordar, lembrou-se que nessa manhã deveria ter ido para a estação de Valado de Frades apanhar o TGV para Santarém. O raio do Surf tinha-o feito esquecer o compromisso. Saíu da
capela, e como cá fora havia rede, mandou um SMS a D. Afonso, onde dizia: Ó meu, desculpa lá mas esqueci-me do nosso acordo, mas se achares que sou lá necessário, dá um toque, que eu levo o telemóvel para a praia.
        
         Chateado consigo próprio foi até à praia dar um passeio para pôr as ideias em ordem e conversar um pouco com os amigos. Lá encontrou o MacNamara que, num intervalo do surf  passeava de roupão.

         A propósito, ainda se ouvem hoje trovadores que cantam em seu louvor:

         Na praia da Nazaré,
         Há um grande burburinho
         É o MacNamara de roupão
         E o D. Fuas de Roupinho.


Nota de fim:
O autor rege-se pela antiga ortografia, estando-se nas tintas para o novo desacordo ortográfico.

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