“As florestas são (…) centrais para enfrentar as alterações climáticas. As florestas fornecem um dos sistemas mais eficientes e rentáveis de captura e armazenamento natural de dióxido de carbono. Investir nas florestas é uma espécie de seguro para o planeta.” A mensagem, deixada em 2016, pelo Secretário-geral da ONU, no Dia Internacional das Florestas, não podia ser mais intemporal.
Hoje, celebramos este dia deixando uma mensagem de resiliência e concretização de um projeto municipal projetado a médio e longo prazo: a reflorestação da zona envolvente das Fragas de São Simão e da Mata Municipal do Cabeço do Peão, locais figueiroenses icónicos ao nível paisagístico e ambiental.
As Fragas de São Simão são um dos locais do concelho mais procurados, quer por turistas quer por figueiroenses, principalmente por permitir o encontro com a natureza no seu estado mais puro. A zona foi, por isso, recentemente intervencionada com a implementação de um projeto turístico-ambiental, que compreendeu, inicialmente, a ação em duas frentes: por um lado procedeu-se à reabilitação e requalificação dos ecossistemas ribeirinhos em toda a Ribeira de Alge, um dos elementos naturais mais marcantes e relevantes da nossa zona, com a remoção de espécies arbóreas exóticas e decrépitas, e promoção da plantação e/ou sementeira de espécies autóctones; por outro lado, levou-se a cabo a execução de um percurso pedestre que ligou 3 locais emblemáticos: Miradouro, Praia Fluvial e a Aldeia do Xisto do Casal de S. Simão. Esta última intervenção, ocorrida numa área total de 2,4 hectares, não se resume ao já tão visitado percurso, e, entre outros trabalhos, prevê a transformação do solo, até agora ocupado por eucaliptos. Assim, após a remoção desta espécie, ação que por si só reduz drasticamente o risco de incêndio, realizou-se a replantação daquela área com mais de 200 espécies autóctones: medronheiros, sobreiros e carvalhos.
A Mata Municipal do Cabeço do Peão, é outro emblemático local de lazer, cuja requalificação e reabilitação há muito se pedia. Aqui, procede-se, atualmente, à remoção de eucaliptos, mimosas (Acacia dealbata) e de pinheiros fustigados, há alguns anos, por pragas destruidoras da espécie, sendo substituídos por carvalhos, medronheiros e sobreiros e salvaguardando todos os exemplares de árvores autóctones ali existentes.
As replantações de espécies autóctones nestas duas zonas de grande relevo para o concelho, residem na crescente preocupação ambiental do município, visando sobretudo a segurança, a sustentabilidade, a recuperação e a valorização ambiental e paisagística, reduzindo grandemente o risco de incêndios e contribuindo para a preservação da natureza e da sua extensa e rica fauna e flora, numa zona conhecida pela sua vasta área florestal.
Motivos mais do que suficientes para todos celebrarmos duplamente este Dia Internacional das Florestas, comemoração festejada, também, de modo simbólico, pelo Município, no passado dia 19 de março, ao associar-se à iniciativa promovida pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) plantando, no Cabeço do Peão, um exemplar de Carvalho-robe (Quercus róbur) fornecido, para o efeito, pelo próprio ICNF.
Plantar, proteger e preservar o nosso Património Florestal, é uma missão que se estende a todos nós, e que não deve ser jamais esquecida.
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